Muitos empresários e investidores por hora se esquecem que as projeções são apenas um “norte”, um mapa e não o seu território.
Vimos que muitas foram às projeções otimistas no mercado acionário no início do ano de 2008 em relação ao seu final. Segundo essas o Ibovespa terminaria 2008 acima de 79 mil pontos, quando, de fato, ele encerrou o ano na casa dos 37.550 pontos?
Em tempos de crises econômicas o fracasso das estimativas se torna recorrente e a procura aos culpados um hábito. Seriam os analistas financeiros ou econômicos os culpados? Evidentemente que não. Devemos lembrar que as previsões não são ciências exatas, independentemente do indicador em questão, seja ele de ações ou econômico.
Uma projeção está pautada em uma série de pressupostos que auxiliam os analistas a desenvolverem seus protótipos e a chegarem a um cenário prospectivo. Todos esses estão vulneráveis ao fator imprevisibilidade. Quem em sã consciência poderia ponderar em suas análises uma crise do tamanho da que tivemos no segundo semestre do ano de 2008?
A adoção de premissas em um cenário incerto dificulta a realização das projeções.
Um exemplo clássico tem-se no caso das projeções de ações ou índices acionários que consideram os objetivos dos preços-alvos e das recomendações de instituições de análises as incertezas influenciam os resultados. Por isso, é necessário que quem investe não se satisfaça apenas com a leitura das previsões, mas busque uma avaliação das premissas sugeridas e escolha agências que adotem critérios mais factíveis.
Ressalta-se que ainda que se adotem todos esses cuidados uma a ação no mercado só alcançará o preço-alvo de uma determinada projeção se todos os agentes aceitarem as premissas assumidas pelos analistas e instituições de análises, o que é pouco provável.O exemplo aplicado acima reflete a realidade de toda e qualquer projeção, ou seja, que a única assertividade dessa é a incerteza inerente a sua natureza.
Por :Péricles do Espírito Santo
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